Friday, May 11, 2007


Já que a proposta aqui é o fim do silêncio, então vamos lá..


Após uma longa discussão...



Algo me fez pensar, após uma longa discussão que tive. Mantive a minha postura não por educação, mas porque talvez tomaria uma atitude impensada, até por acreditar que “o tempo é o melhor momento” e as voltas excitantes. Não, não me calei, falei..., talvez não o suficiente, o que gostaria ter dito, mas tudo bem, isso é só o começo, “a discussão é infinita...”

A idéia é: que muitos não tem condições de ingressar a uma Universidade não só por condições financeiras, sobretudo psicológicas, o aluno até entra, porém não consegue terminar, por ter que “jambrar” lá fora, por não ter o “pai-trocínio” para o bancar, é aquela história, entrou na chuva é pra se molhar, situação esta na qual nos colocamos até mesmo pelas circunstâncias da vida, não querendo ser conformista e nem tão pouco acomodada com esta questão, pois não cabe por eu não aceitar. Eu mesmo não tenho nenhum desses recursos, tenho que me virar sozinha ao avesso para chegar onde quero, desde o começo até o momento, não preciso dizer a todos o que faço ou deixo de fazer, mesmo por que não preciso me engrandecer, é uma virtude pessoal, algo que estou conquistando e que ninguém pode arrancar porque é abstrato.

E o que me dizem: “faculdade é só diploma”, claro que sim, vendo da porta pra fora, outra coisa é quando você começa a ir a fundo, a conhecer o desconhecido, sim porque é outro ‘Universo’ no qual tu tem que se preparar para não se ferrar .

No começo foi complicado, me indignava a todo momento com o que via e ouvia, de fato não preciso provar nada para ninguém, apenas deixo os urubus comerem a carniça e só observo. Uma vez, recebi uma carta de um companheiro e o mesmo disse para eu não entrar no mundo dos “INHOS”, cito burguês-inhos, intelectuais-inhos etc.., retornei a carta dizendo, entrarei para absorver tudo que for bom e o que for ruim descarto ou como diz na língua da Internet deleto, ninguém faz a minha cabeça, já tenho opinião formada com o longo dos anos..., a leitura servirá para talvez enxergar além, para um conhecimento preciso e não para discussões em boteco assim como os “ITAS” que não passa disso, como se ficar parado resolveria.

O que quero dizer, está claro, é que não precisamos de manual de instrução para viver, apenas vivemos. Isso tudo que inventaram ai, serve para abrir os olhos, ter uma visão de mundo. Assim como a física é a ação e reação a todo momento.

Vamos quebrar os paradigmas e não nos prender a detalhes...




" O regresso lúcido a si mesmo é o regresso à origem dos outros, à origem do social. Enquanto a criatividade individual não for posta no centro da organização da sociedade, não haverá para os homens outras liberdades que não sejam as de destruir e de ser destruídos. A estupidez não nasce de uma falta de inteligência como pensam os imbecis, mas começa com a renúncia, com o abandono de si mesmo." ( Raoul Vaneigem em A Arte de Viver para as novas gerações )


" Raoul Vaneigem estava certo quando escreveu ' aqueles que falam da revolução, sem torná-la realidade no próprio cotidiano de suas vidas, têm na boca um cadáver.' E a menos que apreciemos abertamente o cadáver que consumimos, e estejamos fascinados pelo sabor da nossa própria morte, devemos cuspi-lo na cara do sistema que nos condena ao crematório, invalidando, assim, a imagem desesperada concebida por Arthaud como simbolo da nossa condição; todos nós, envoltos pelas chamas das respectivas piras, acenando, calados, uns para os outros." ( David Cooper em A Revolução do Amor e da Loucura ) "


O maior problema pro poder seria a formação de grupos de oprimidos que começassem a praticar valores diferentes dos instituidos pelos dono do poder." ( Professor Jota )



Lembrando que: muitas coisas não podem só ser discutidas, tem que ser resolvidas. No mais..

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fim do silêncio contido.